14 de julho de 2014

Meus amores chamados Roberto

É possível burilar o amor até encontrá-lo em estado bruto? De fato, o que se chama amor não pode se submeter a fórmulas científicas. Teses sobre ele nunca obtiveram êxito.

Isso é ruim. Eu queria explicação para o sentimento que direciono a Roberto. Só de uma coisa a certeza me acode: tenho por ele algo fraternal, que pode ser definido como amizade. Mas há outros sentimentos complementares e um deles sobressai: o amor que, por falta de um termo melhor, chamo de eros.

Eu poderia despender resmas de papel elencando as razões que me conduziram a amar Roberto dessa maneira. Entretanto, não o farei porque eu estaria negando a minha verdade, segundo a qual o amor é inexplicável. No entanto, intimamente, há um fio de esperança para que essa verdade, tão só minha, seja passível de contestação. Desse modo, eu encontraria o diagnóstico desse sentimento. E poderia submeter-me ao tratamento, até a recuperação completa e definitiva.

Mas isso são só digressões, baseado no sonho de um dia deixar de amá-lo. Até lá, conformo-me com a realidade, admitindo a fragilidade diante daquilo que é mais forte do que eu. Se, ao menos, os outros amores por ele, fossem capazes de neutralizar o desejo...!

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